Desde que o Luis nasceu, há um mês que não via a
Mariana. Trocámos felicidades, vivencias e parece que quanto mais falamos mais sentimentos temos em comum. Se há partos complicados que marcam a mãe para sempre nos nossos casos o parto foi o mais facil e o pior estaria para vir. Vinha com ar de ‘felicidade cansada’, ar de quem não tem espaço para si desde que chegou do hospital, ar de quem quer saborear o filho com toda a gula que lhe é de direito mas que por alguma razão não lhe é permitido. Visitas indesejadas que a boa educação nos obriga a receber com sorrisos, sentenças que ouvimos como se fossem guia de sobrevivencia para o bebé como se não soubessemos ser mães...., situações que nos aborrecem enquanto pessoas e que nos levam à depressão (que não foi o nosso caso). Cada dia que passa não voltará atrás e se não aproveitarmos esse dia nunca mais o poderemos fazer, portanto há que viver os nossos filhos todos os dias a cada segundo e é imperativo que ninguém interfira com isso.
Portanto, sras mais crescidas que já foram mães há pelo menos 20 anos atrás: se não aproveitaram a infancia dos vossos filhos não tentem viver a dos filhos dos outros; Se há 20 anos educaram pela 1ª vez uma criança e correu bem, agora tb somos capazes; e quanto às sentenças, pagamos ao pediatra para alguma coisa ou não? Nesta fase de puerpério as hormonas andam aos saltos, ao pé-cochinho, a correr, sei lá…, portanto é bastante complicado gerir um conjunto de situações e para quem co-habita com estas recem-mamãs deviam receber uma medalha pela ‘pachora’, sim porque os recem-papás tb sofrem um desgaste e não é pera doce. Quando uma criança nasce, e principalmente se for a primeira esta sofre uma avalanche de atenções e espectativas de toda a gente que a rodeia mas os pais deixam de ser tidos ou achados por algum tempo. A questão é que quem é pai pela primeira vêz não está preparado para esta invasão de espaço.
Assim sendo: deixem os pais lamber a cria até apanhar uma ‘overdose’ de baba!! eheheh ;)
Beijo para a Mariana e também para a
Kateline, onde quer que ela esteja.