Ontem vi a Mariana com um barrigão de 5 meses que logo me transportou para a minha experiência. Já lá vão alguns meses mas ainda tenho bem presente todos os meus receios da altura. Depois de dois abortos espontâneos nem queria acreditar que aquela gravidêz era a sério. Lembro-me de nunca me permitir acariciar a barriga nem falar com o meu filho. Sempre que inconscientemente, o fazia tirava imediatamente a mão ou parava de falar-lhe. Não queria amar alguém que podia desaparecer dum momento para o outro- a dor sería menor. Sería?! Claro que não. Doi. Doi muito perder algo de nós. Não é a dor física que custa. Essa, nada que um ben-u-ron não atenue. Ficam por dentro cicatrizes que teimam em não desaparecer, e isto é que doi, magoa... Lembro-me que no final da gravidêz enquanto me olhava ao espelho pensava que não estava grávida...., estava apenas gorda :S
Com isto, não quer dizer que não queira ter mais filhos. Quero. Não só porque quero ter mais que um filho, como também sei que vou viver a próxima gravidêz mais tranquila. Vou corrigir-me ao máximo. Sei que vou errar sempre nisto ou naquilo, mas vou emendar no que puder.
Um aborto não é tão raro quanto pensamos. Se assim não fosse então não se viam as arvores cheias de flor na primavera e só um terço destas darem fruto.
Vai correr tudo bem desta vêz, Mariana. E mima muito o teu filho enquanto ele só te pode ouvir porque não vais recuperar este tempo.
Beijo para os dois e para alguém que está ou poderá vir a passar pelo mesmo.
Desconhecia este teu jeito divinal para a escrita... Estou a amar o teu blog...
ResponderEliminarPARABÉNS pelo teu novo "menino" e votos de muito sucesso!
Grande Beijoka!
OBRIGADA :) Fico contente que penses assim. Convido-te a criares também um blog :D
ResponderEliminarSei que tens pouco tempo mas acredito que arranjas um bocadinho.
Beijão